domingo, 8 de março de 2009


Como um dia especialmente dedicado às mulheres de todo o mundo,seria bom que nós,homens,o aproveitássemos não só para hoemenageá-las,mas,sobretudo,para aprendermos o significado da data e refletirmos sobre o que andamos fazendo para que haja a igualdade plena entre homens e mulheres.
Eu,de minha parte,posso dizer que recebi de uma mulher especial,minha mãe,lições suficientes para tratar como igual todo ser humano,e vou aprendendo com todas as mulheres,conhecidas e desconhecidas,algumas mais especiais para mim que as outras,que somos,homens e mulheres,iguais,ainda que diferentes.
A minha intenção,aqui,hoje,é a de render uma homenagem a todas as mulheres deste mundo,mas minha insensibilidade masculina não me permite escrever as palavras bonitas que penso que elas merecem ler e ouvir,não só hoje,mas em todos os dias.Por isto vou deixar para uma poetisa,sensível e inteligente,conhecedora da alma humana,as palavras que servirão como uma homenagem minha às mulheres.
Antes de passar a palavra para a poetisa,deixo,aqui,um sincero pedido de perdão,sem a licença dos demais, à todas as mulheres que sofreram e ainda sofrem todos os tipos de violência e discriminação dos desumanos homens.E já foram tantas ao longo da história,como aquele massacre contra as mais de cem mulheres tecelãs que lutavam por seus direitos,ocorrido em 8 de março de 1857 na cidade de Nova York,e que serviu de marco para mais tarde se estabelecer o Dia Internacional das Mulheres.
Expresso também o meu desejo de que as mulheres continuem firmes e obstinadas em sua luta pela igualdade e por um mundo melhor,e a minha vontade,limitada à condição de homem,de ser um aliado nesta luta.
Às mulheres de todo o mundo a minha reverência e o meu apreço.
Agora,com a palavra: Adélia Prado.
COM LICENÇA POÉTICA
Quando nasci,um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta,anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim,ora não,creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.Cumpro a sina.
Inauguro linhagens,fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição para homem.
Mulher é desdobrável.Eu sou.

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