sábado, 28 de fevereiro de 2009

Porque um dia nasceste,um dia renasci.


Eis que um dia,criatura divina,
surgiste no universo.
Do poema da criação,
o mais belo,o definitivo verso.
Imprescindível que viesses,
para que a obra fosse completa.
Trouxeste ao mundo beleza
e a luz que cada estrela irradia.
Hoje,o dia é todo teu
e o universo te reverencia.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dispomos de um caderno,
folhas brancas a serem preenchidas.
Lancemo-nos a ele com entusiasmo
e não percamos a nossa chance,
talvez única,de preenchê-lo
com versos bem escritos e substanciais,
e garantir o maior número possível
de belas e edificantes histórias
dentro das folhas de
que dispõe nosso caderno.

sábado, 21 de fevereiro de 2009


Mandei-te flores logo pela manhã.
Dúzias de rosas que colhi em meu jardim.
Junto com elas,paciência artesã,
um bilhete lavrado em nanquim.


Fui atrevido,disse claro o que queria.
Propus-te em prosa uma noite de prazer,
mas não sem antes te dizer em poesia
que te amo e te preciso em meu viver.


Agora que a noite,enfim,venceu o dia,
fico louco,esperando que tu venhas,
loba faminta,fera selvagem em pleno cio.


É teu meu corpo,desejo que o tenhas,
que o devores sem que chegues ao fastio,
servido ao vinho em minha cama macia.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Repito o gesto.
Lanço-me à janela,
refaço aquela cena.
Teus passos lentos,
confusos e perdidos,
atravessando as ruas,
levando teu corpo
para longe dos meus olhos.
Mas só repito o gesto
e me lanço à janela
porque te amo,
porque meu coração
é teu abrigo,
porque ainda espero
uma nova cena.
Teus passos apressados,
delicados,mas firmes,
atravessando as ruas,
trazendo de volta teu corpo
para perto dos meus olhos,
me devolvendo a vida.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Estava ali
para descansar o corpo.
Pensando em você,
senti-me flutuar,
quase alcancei as nuvens.
No balançar da rede,
um vai-e-vem
de sentidos confusos.
Uma felicidade enorme,
mesmo com o peito
ardendo de saudade.
Essa saudade,
oceano sem fim,
que me trazia aos olhos
nossos momentos de amores,
o seu rosto lindo,
o seu sorriso gostoso,
o seu olhar carinhoso.
Essa saudade,
brisa da manhã,
que me trazia do mar
o seu doce perfume
e derramava em minha pele
o sabor dos seus beijos.
Essa saudade
que me mantém vivo,
alimento do meu amor distante.
E o balanço da rede
tornou suave
a dor da sua ausência
e,mais que a brisa,
me fez sentir sua presença,
como um anjo
a me embalar no colo,
a me envolver nos braços.
E,de repente,
minha alma
pôs-me um sorriso na boca
e,descansada,
dormiu.

(Estive ausente,embalei-me em outras redes,descansando-me e dando um descanso aos meus amigos leitores.Agradeço de coração aos que por aqui passaram por esses dias e me deixaram o carinho costumeiro,mesmo quando não o expressaram em palavras.Prometo visitá-los todos,mas devagar pois ainda estou no ritmo daqueles que se deitam em uma rede na beira do mar,na sombra,é claro,sem pressa de dormir e muito menos de acordar.)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ao me negares uma palavra,
um gesto de carinho,
sem querer,
vais me matando
de mansinho.
Mas não reclamo e,
sereno,te agradeço.
Deste-me já muito
mais do que mereço
e minha inteira existência
só a ti é pertencida
pois foste tu
que me deste a vida.

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