quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Nunca fui de fazer planos para o ano que está para começar.
A princípio,por intuição.
Depois fui aprendendo algumas coisas sobre a vida e o tempo
que,para mim,confirmaram minha intuição.
Com Sêneca,o sábio latino,por exemplo,
andei aprendendo algumas coisas por esses dias.
Aprendi que fazer planos para o futuro
é pura bobagem,já que não sabemos nem do dia seguinte.
Aprendi que viver na esperança do amanhã
pode me levar a deixar escapar o presente,
e que,portanto,devo tratar de viver cada dia
como se fosse a vida inteira.
Aprendi que todo o tempo já transcorrido
está no mesmo lugar e que todas as coisas
caem no mesmo buraco.
Aprendi,sobretudo,que o valor da vida
está no uso que podemos fazer dela
e não da sua duração.
UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS NÓS,APRENDENDO SEMPRE A VIVER.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Nosso Natal será iluminado
se compreendermos
que o mundo será sempre melhor
se compartilharmos amor.
UM FELIZ NATAL PARA TODOS!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ando gripado há uns três dias.Isto mesmo!Eu,Amarísio,peguei uma gripe daquelas de,no mínimo,sete dias;acho que para combinar com esta chuva que cai por aqui e já dura quatro dias ininterruptos.Ainda bem que já estou de férias e posso ficar em casa praticamente o dia todo me cuidando.Mas não vejo a hora de ficar livre da febre que vem e vai e,com ela,os delírios.Muito embora,eu não possa reclamar dos delírios.
Agora mesmo,eu estava deitado,o corpo febril e os delírios correndo soltos.Neles,acho que eu vislumbrei a criação de alguma obra de arte.Vi-me pintando algum quadro muito estranho,que até parecia algo bonito,mas que se apagava quando eu terminava de pintá-lo,e eu,então,recomeçava a pintura.
Saindo esgotado da pintura,que não se concluiu,comecei a criar versos.O engraçado é que fiz um esforço danado para sair rápido dos delírios e colocar os versos no papel.Consegui levantar e vim direto para o computador,mas percebo que só me lembro de alguns dos versos.Vou colocá-los aqui.Entendam meu gesto como uma continuação do meu delírio,se é que não estou mesmo delirando.Não sei se os que aqui vão são todos os do meu delírio de agorinha,pode ser que alguns sejam do delírio deste instante.Sei que alguns falam de um quadro e outros da primavera,que foi levada de vez com as águas desta chuva que insiste em cair lá fora.
Vocês que me lêem,acostumados a me predoar pelos meus versos,perdoem-me mais uma vez, com a atenuante de que estou a delirar( como se não estivesse a delirar nos outros dias!).
*****
O que somos se não o que compomos
em instantes de recriação?
A parede nos mostra um quadro
ou somos um quadro no quadro da parede?
Será que ainda teremos tempo
de terminar o quadro
ou ele já está pronto
esperando que o contemplemos?
*****
Não se pode dizer que a primavera passa
sem que os olhos da flor
que se fez cor e perfume
se tenha entristecido
por não a terem contemplado.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Bom dia,Meu Amor!
Que esta manhã te erga
um templo na colina,
como Deusa que és,
a mais Bela,a mais Divina.
Eu,depois de uma noite
a inundar teu ventre,
sinto repleta a minha vida,
que era pouca,
e ainda recebo de presente
mais um dia
com o gosto dos teus seios
que amanhece em minha boca.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


No princípio,era amor.
E o amor era tanto que dispensava palavras.
Falava-se com sorrisos,olhares,
beijos e abraços,
com gestos carinhosos e gentis.
Poucas e belas palavras eram ditas,
e todas sempre benditas.

E,no meio,ainda era amor.
Mas o amor já não era tanto
e exigia palavras.
Palavras que confirmassem o amor.
Mas as palavras questionavam,
as palavras julgavam,
condenavam,perdoavam,
prometiam,juravam.
E eram muitos os jogos de palavras,
cheios de meias palavras
que,dizendo nada,tudo diziam.

E,no fim,eram só palavras
que dispensavam o amor.
que anunciavam o fim,
que confirmavam a dor.
E foram tantas palavras malditas
que não deixaram saída,
a não ser o silêncio triste
que se seguiu a um ponto final.






sábado, 6 de dezembro de 2008

Aqui e ali,só se fala da tal crise financeira.
Dos trilhões de dólares usados para contê-la.
Enquanto isso,lá,sempre lá,
aonde nunca fomos,
aonde nunca vamos,
o lugar que não conhecemos,
lá estão mãe e filho.
Ela que pariu aquele filho com amor e sofrimento,
que não sabe quem pariu a crise,
e nem mesmo o que é crise,
que não sabe o que é um derivativo,
um papel podre,
que não sabe o que é um produto interno bruto,
vai vivendo a vida em estado bruto
e só conhece a vida em pele e osso,
e só pensa que o filho que ela pariu,
um derivado seu,
pele da sua pele,
osso do seu osso,
aquele filho precisa de sua ajuda,
precisa de seu líquido sagrado
para continuar sobrevivendo,
para não ter seu coração falido.
E dos seios daquela mãe,
como em um milagre,
saem dezenas,e não trilhões,
de gotículas de vida,
que ela pensava não mais possuir,
mas sabia que as daria,todas,
ainda que perdesse a sua vida,
para que seu filho
continuasse a existir.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sinto teus lábios
roçando meus lábios.
Devoro teus beijos
que matam minha sede
e calam meus gemidos.
Contemplo teu rosto
que combina com meu gosto.
Ouço teus olhos
que me chamam para perto,
que me excitam
e me deixam inquieto.
Cubro-me com tua voz
que suaviza meu ser,
que me prende no teu ser
e me convida a te amar.

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