Browse » Home
sábado, 4 de janeiro de 2014
Ela saiu do quarto
depois de horas se aprontando
- embelezamento da beleza -
e me lançou aquele olhar clássico:
um pedido de aprovação.
Eu, meio confuso, entre
o perplexo e o habitual,
só mirava seus lábios carnudos,
cobertos por um batom rouge,
e sem saber dizer palavras,
só soube morder os meus lábios.
Ela, então confundida,
lançou-me um olhar de ternura
e disse, voz de menina,
na mais doce candura:
- Falta alguma coisa, amor?
E os meus lábios mordidos,
de pronto, disseram atrevidos:
- Falta, meu amor, mas é coisa pouca.
Falta um beijo meu na tua boca.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
espero que passado tanto tempo...já não falte +nada...
mas um beijo (seu) não é coisa pouca...um beijo de amor é uma troca de segredos sem palavras, é língua que na boca se agitando irá de um corpo inteiro descobrir o gosto e sobretudo o que, em segredo, se esconde em sombras...
um beijo é tudo o que de lábios seja... quanto de lábios se deseja.
adorei o poema ;)
+ beijos meu querido Poeta.
Palavras repletas de ternura. Lindo!
Postar um comentário