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sábado, 6 de dezembro de 2008
Dos trilhões de dólares usados para contê-la.
Enquanto isso,lá,sempre lá,
aonde nunca fomos,
aonde nunca vamos,
o lugar que não conhecemos,
lá estão mãe e filho.
Ela que pariu aquele filho com amor e sofrimento,
que não sabe quem pariu a crise,
e nem mesmo o que é crise,
que não sabe o que é um derivativo,
um papel podre,
que não sabe o que é um produto interno bruto,
vai vivendo a vida em estado bruto
e só conhece a vida em pele e osso,
e só pensa que o filho que ela pariu,
um derivado seu,
pele da sua pele,
osso do seu osso,
aquele filho precisa de sua ajuda,
precisa de seu líquido sagrado
para continuar sobrevivendo,
para não ter seu coração falido.
E dos seios daquela mãe,
como em um milagre,
saem dezenas,e não trilhões,
de gotículas de vida,
que ela pensava não mais possuir,
mas sabia que as daria,todas,
ainda que perdesse a sua vida,
para que seu filho
continuasse a existir.
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